Ainda há pouca infraestrutura para carros elétricos no Brasil, com apenas 8.788 pontos de recarga em todo o país. Nas estradas, relatos de falhas no funcionamento e casos de “pane seca” são comuns.
Os carros elétricos têm seu charme, são silenciosos e dão uma aura de modernidade aos motoristas, que se sentem eco-friendly. No entanto, a realidade nem sempre corresponde à fantasia vendida: ficar sem bateria no meio da estrada, procurar por horas um eletroposto e aguardar pelo menos uma hora para recarregar são situações cada vez mais frequentes.
A promessa de emissão zero de gases estufa é questionável, já que as baterias requerem minerais como o lítio, cuja extração é pouco sustentável. O descarte das baterias também é um desafio para a indústria automotiva.
Para os brasileiros que compram carros elétricos, muitos importados da China, encontrar locais de recarga tornou-se um desafio. A relação de 8 carros para cada eletroposto evidencia a escassez de infraestrutura no país.
A concentração dos pontos de recarga nos centros urbanos revela a desigualdade na distribuição da infraestrutura. A falta de estrutura em residências, dificultada por questões como rodízio de vagas em prédios, também limita a adesão aos carros elétricos.
Em São Paulo, líder em carros elétricos, há 3.086 eletropostos, mas ainda é insuficiente para atender à demanda crescente. O tempo de recarga e a falta de padronização na cobrança nos eletropostos são preocupações dos motoristas.
A demanda por energia também deve ser considerada, pois o aumento no consumo de eletricidade pode sobrecarregar o sistema. A dependência de usinas termoelétricas poluentes para suprir a demanda é uma realidade a ser enfrentada.
Além das questões de recarga, a autonomia e confiabilidade dos carros elétricos nas estradas têm sido questionadas. Casos de pane seca e problemas no indicador de autonomia são relatados, destacando a necessidade de maior confiabilidade nos veículos.
A conscientização sobre as limitações dos carros elétricos e a necessidade de planejamento cuidadoso ao viajar são enfatizadas, pois o crescimento da frota elétrica demanda uma infraestrutura mais robusta e confiável para atender às necessidades dos usuários.